Se em volume de menções a prisão do ex-presidente Lula perdeu destaque na última semana (entre 12 e 18 de julho), no plano temático ela segue pautando parte da agenda de debates em torno dos pré-candidatos, que tem na corrupção um dos eixos de maior destaque. Nestas publicações, Lula aparece como parâmetro ora da eficiência da Justiça no combate à corrupção, ora de sua ineficiência, especialmente quando o julgamento do ex-presidente é comparado a outros processos envolvendo pré-candidatos.  

Também se mantém em alta entre os presidenciáveis o debate sobre economia – reflexo, em grande medida, da busca por alianças no campo eleitoral. O tema é destaque nas discussões sobre Ciro Gomes devido à reação negativa do mercado a sua proposta de revisão da Reforma Trabalhista. No entanto, cresceram nos últimos dias as referências a uma possível modificação de sua pauta econômica, tendo em vista uma tentativa de aproximação com partidos do centro.

Já Bolsonaro aparece associado ao tema também em função de uma possível pauta econômica pró-mercado e de declarações de Paulo Guedes, coordenador de seu programa econômico, sobre a possibilidade de manter parte da equipe econômica do presidente Michel Temer, se o deputado for eleito presidente.

A fala de Paulo Guedes, cotado para Ministro da Fazenda em um eventual governo de Bolsonaro, repercutiu positivamente entre os apoiadores do deputado, que entenderam a posição do economista como um sinal de que o candidato não precisa ceder a alianças políticas.

Destaque recorrente entre as referências a Bolsonaro, segurança pública mantém sua relevância no debate temático associado aos pré-candidatos, alcançando posição predominante na discussão também relacionada a outros presidenciáveis, como Manuela D’Ávila. O assunto foi o mais relacionado à pré-candidata nos últimos sete dias, majoritariamente, em razão da divulgação de vídeo com suas propostas para a área e de publicações sobre a violência contra a mulher.